domingo, 27 de outubro de 2013

Palestra sobre Alberto Caeiro, Prof. Joaquim Pinto



O dia 26 de outubro, foi dia grande na nossa Instituição: de tarde, palestra do Professor Joaquim Pinto no Museu Sebastião da Gama; à noite, cerimónia de abertura oficial do ano lectivo, com actuação do Coro e lançamento do livro PLURAL - IDADES da USAZ, seguida de pequeno beberete e alegre convívio entre muitos associados e amigos.
Ao Professor Joaquim Pinto que, no ano lectivo transacto, leccionou "Teorias da Cultura" se deve também o projecto e  coordenação do livro "Plural - Idades".
A palestra, que proferiu dia 26, sobre Alberto Caeiro: "Do sujeito psicológico ao sujeito essencial: uma análise... de (em) Alberto Caeiro" interpelou e cativou a assistência, suscitando o diálogo.  Uma alegria para quem ouviu.

Deixamos uma breve síntese redigida pelo próprio:

 Do Sujeito psicológico ao Sujeito essencial: uma análise… de (em) Alberto Caeiro

Na manifesta submissão do pensar ao sentir, Alberto Caeiro, derruba fronteiras e agrilhoamentos, constrangimentos e sujeições na procura da plenitude idiossincrática do próprio existir do homem. “Pensar é estar doente dos olhos”, diz Caeiro, numa clara alusão de que o sujeito psicológico caminha só, perdido, dentro da imensidão do seu Self. Do Sujeito psicológico ao Sujeito essencial (subjectum), podendo ser igualmente intitulado como “da prisão à libertação do eu”, promove uma análise profunda sobre as fronteiras, agora mais permissivas, da constituição ontológico\poética do acontecer humano em comunhão com a natureza. A ingenuidade, livre e ...
descomplexada do Mestre Caeiro, apregoa aquela criança que responde, aos “porquês da vida”, de forma livre e genuína: “porque sim!” Quem me dera poder responder “porque sim”… mas não posso! - Poderei? - Poderemos? E que Luz nos ilumina?
Quando se vive na escuridão, no breu do existir, qualquer luz nos atrai, mas nem todas nos iluminam. É de vital importância não ir atrás de luzes brilhantes, mas de luzes constantes. A luz constante é aquela que consta em, que está connosco a cada passo dado… que está em nós e em nós germina de forma genuína. O Mestre na heteronomia pessoanina, Caeiro, mais que um “guardador de rebanhos”, propõe-nos um sentirmo-nos na vida, sem enviesamentos para caminhos inúteis. Essa concordância vitalista e anti metafísica permitir-nos-á: ser livres e unos.
Joaquim Pinto


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